A vacinação figura entre as ações de saúde pública mais impactantes, alavancando notavelmente a expectativa de vida da população.
Em 17 de outubro, quando se comemora o Dia Nacional da Vacinação, ressaltamos a vitalidade das vacinas para a promoção da saúde, prevenção de enfermidades e resguardo da sociedade. A vacinação é mais do que um simples ato de responsabilidade individual; é uma ferramenta potente para erradicar doenças imunopreveníveis, quando aplicada em larga escala.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil assegura à população acesso gratuito às vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Com um leque vasto de vacinas disponíveis, desde a infância até a terceira idade, o programa visa manter a imunização da população em dia e evitar surtos de enfermidades que podem ser prevenidas pela vacinação.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza diversas vacinas, incluindo:
- BCG: Protege contra tuberculose, ministrada a recém-nascidos.
- Hepatite B: Previne a hepatite B com doses a partir do nascimento.
- Tetravalente (DTP/Hib/Hep B): Cobertura contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae tipo b e hepatite B.
- Pentavalente: Além das doenças anteriores, protege contra poliomielite.
- Rotavírus: Combate infecções pelo rotavírus, uma das principais causas de diarreia em infantes.
- Meningocócica C: Defende contra a meningite do sorotipo C.
- Tríplice Viral: Resguardo contra sarampo, caxumba e rubéola.
- Hepatite A: Proteção contra hepatite A.
- HPV: Previne cânceres associados ao HPV.
- Influenza (Gripe): Recomendada anualmente a grupos específicos.
- Febre Amarela: Crucial para quem reside ou visita áreas de risco.
- Pneumocócica Conjugada: Defende contra infecções por pneumococos.
Fabiana Funk, especialista em vacinas da Prevenção Vacinas Chapecó e presidente da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), sublinha que a imunização é uma das maiores conquistas em saúde pública, ampliando expressivamente a expectativa de vida e diminuindo a morbidade e mortalidade decorrentes de doenças infecciosas.
Fabiana realça a capacidade das vacinas de proteger não só indivíduos, mas também comunidades, instaurando a imunidade coletiva que barra a propagação de enfermidades. Entretanto, ressalta sua preocupação com doenças, como a poliomielite, que apesar de erradicadas no Brasil, não atingem a meta de vacinação desde 2015.
No contexto atual, clínicas privadas fortalecem a tentativa nacional de alcançar as metas de cobertura vacinal. Segundo a ABCVAC, estas clínicas representam 10% do mercado de vacinas no Brasil, aplicando cerca de 15 milhões de doses anualmente.
Fabiana ainda enfatiza a essência vital das vacinas: "Vacinas salvam vidas. Incentivamos todos a checarem seu estado de imunização. Juntos, promovemos um ambiente mais saudável e protegido”, conclui.
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