Superlotação é realidade nas cinco principais cidades da região Oeste.
A superlotação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma realidade nas cinco principais cidades da região Oeste catarinense. Chapecó, Xanxerê, Concórdia, Maravilha e São Miguel do Oeste possuem, ao todo 54 leitos. Todos estão ocupados e cerca de 10 pacientes aguardam na fila, como mostrou reportagem do Jornal do Almoço de quinta-feira (30).
Com leitos de UTI insuficientes, hospitais do Oeste precisam improvisar para não deixar pacientes sem atendimento. Vários quartos estão com equipamentos reservas para atender pessoas que deveriam estar na Unidade de Terapia Intensiva.
"Nós temos observado um aumento nos acidentes de trânsito, pacientes vítimas de ferimento de arma de fogo, por arma branca. Esse período de inverno, as doenças respiratórias, as insuficiências respiratórias", disse o diretor-técnico do Hospital Regional do Oeste (HRO), o maior da região, Sérgio Casagrande.
Um dos pacientes que aguardam uma vaga é a esposa do aposentado Vergílio Soares. Há 15 dias, a rotina dele é acompanhá-la na espera de uma vaga na UTI. Enquanto um leito não é liberado, ela é atendida em um quarto comum, improvisado. "É um sofrimento. Sofrem quem cuida e ela, muito mais, não é fácil", disse.
A previsão é de que o problema seja resolvido no ano que vem. Um novo prédio está sendo construído com a capacidade para mais 27 leitos de UTI. Até lá, o improviso traz prejuízos também para os hospitais. "O paciente acaba recebendo o atendimento de terapia intensivo, mas o hospital não recebe o valor pertinente a este atendimento", disse o diretor-técnico do HRO.