O LabTrans buscou propor alternativas para promover os modos sustentáveis de transporte em Chapecó e torná-los atrativos, a fim de diminuir a necessidade do uso do automóvel e fomentar a mudança de comportamento nas pessoas. O relatório final apresentou as diretrizes, as ações e as metas para a alteração da estrutura viária em alguns pontos do Município. Entre as ações sugeridas estão:
* Criação de um sistema viário com 30 kms de ciclovias nos eixos principais e secuntários;
* Implementação de 13 kms de faixas exclusivas para ônibus do transporte coletivo urbano;
* Viabilização de dois novos Terminais, um na região da Efapi e outro na região leste (bairro São Pedro);
* Redução progressiva das áreas de estacionamento na área central;
* Fechamento de cruzamentos;
* Revisão dos horários das operações de carga e descarga na área central;
* Construção de parques verdes, definindo uma taxa mínima de ocupação em todos os novos loteamentos, conforme já previsto no Plano Diretor;
* Sinalizações verticais e horizontais padronizadas;
* Diminuição das conversões à esquerda nos semáforos;
* Possibilidade de construção de um Calçadão na Avenida Getúlio Vargas
A versão online do documento está disponibilizada no site da prefeitura para consulta – www.chapeco.sc.gov.br.
Por meio de uma iniciativa da prefeitura, desde 2013 Chapecó foi objeto do estudo científico que propôs soluções em mobilidade urbana, objetivando atender o fluxo de pedestres e motoristas que circulam hoje na cidade e a estimativa para próximas décadas. "O Estudo de Mobilidade Urbana é uma das marcas desta Administração. Estamos focados na organização e no planejamento desta cidade que cresce a passos largos, já conta com 155 mil veículos circulando e mais de 200 mil habitantes, antes mesmo de completar 100 anos de história”, declarou o prefeito Caramori.
O vice-prefeito Luciano Buligon complementou que com a implementação das ações a curto, médio e longo prazos a tendência é que a cidade fique mais humana do que mecânica. "A prioridade de todas as propostas são as pessoas. Buscamos soluções para que as pessoas passem menos tempo no trânsito, pedalem e caminhem em novos espaços. Queremos inovar o transporte público e proporcionar ainda mais qualidade de vida às pessoas”, afirmou.
Processo de construção do Estudo
Todo o município foi área de estudo. Na primeira etapa foram realizadas contagens de pedestres e de tráfego. A circulação viária foi estudada em 16 corredores. O fluxo de carros, modos não motorizados, transporte coletivo urbano, taxis e transporte privado foram acompanhados, além da capacidade das vias. Um questionário foi aplicado em postos de combustíveis para avaliar a circulação viária em dias úteis. Os números apontaram que os bairros Centro e Efapi são os principais geradores de viagens do usuário.
Com o Estudo concluído e o Projeto de Lei aprovado na Câmara de Vereadores, o poder público municipal terá o embasamento técnico necessário para trabalhar a busca de recursos e a posterior execução das propostas.