O autor do disparo está preso. Ele é sobrinho da vítima. O crime aconteceu na casa da irmã do suspeito, no dia 15 de agosto, no bairro Boa Vista. Conforme o delegado, cinco disparos acertaram o advogado, que após ser atingido dirigiu até o hospital.
O delegado explicou que as investigações apuraram que os dois discutiram brevemente no posto de lavagem do autor. A vítima saiu do local e foi até a casa da irmã do responsável pelos disparos. Logo em seguida, o suspeito chegou ao local com a arma e atirou contra o advogado. O suspeito fugiu em uma camionete.
O delegado revelou que o laudo pericial apontou que cinco disparos atingiram a vítima. Conforme ele, os disparos acertaram o tórax, peito e antebraço direito do advogado.
"No dia do crime, a própria vítima saiu do local dos fatos conduzindo seu veículo e foi direto ao hospital Regional do Oeste (HRO). Ele ficou cerca de 20 dias internado. Agora ele já se recupera em casa”, informou o Delegado.
Thiago disse que a investigação apurou que o autor já havia feito diversas ameaças à vítima, por telefone e pessoalmente no escritório em que o advogado atua.
O advogado defendia ações de inventário e reintegração de posse movidas contra o sobrinho. "Tudo indica que o autor estava incomodado com a atuação da vítima nos processos”, informou o delegado .
Logo após cometer o crime o suspeito fugiu em uma camionete, mas no dia 22 de agosto, ele se apresentou no fórum da Comarca de Chapecó. Na ocasião disse que ele sabia que tinha um mandado de prisão em aberto por tentativa de homicídio e, por isso, resolveu se apresentar. A Polícia Militar conduziu o suspeito até o presídio.
O delegado Thiago disse que concluiu o inquérito "representando ao judiciário pela manutenção da prisão dele [autor dos disparos], ou seja, para que ele permaneça preso por representar perigo em liberdade”.
A investigação da tentativa de homicídio contra o advogado iniciou com a Divisão de Investigação Criminal (DIC) e depois passou a ser investigada pela 1ª DP. Foi cerca de um mês de investigação, até a conclusão do inquérito. Durante o período, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do suspeito. Também foram ouvidas as testemunhas e a vítima – depois de ter recebido alta.
Segundo o delegado, o advogado forneceu bastantes detalhes. Thiago destacou que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a vítima teve perigo real de morte. No inquérito também foram anexados documentos que comprovaram as ameaças feitas anteriormente pelo autor.
O delegado destacou ainda que nos depoimentos o suspeito permaneceu em silêncio e que ele agiu sozinho no crime.