"A Amazônia tem muitas lacunas de conhecimento. É uma área de difícil acesso em que muitas pessoas não conseguem chegar. Existem muitas espécies para serem descobertas em toda a Amazônia ", diz Fernanda Paim, pesquisadora do Instituto Mamirauá, que fez o estudo em parceria com a WWF. Também Ricardo Mello, coordenador do Programa Amazônia do WWF-Brasil, avalia que o estudo embasa como é importante pensar no desenvolvimento sustentável da Amazônia -- principalmente no momento em que está em jogo uma grande discussão sobre a liberação de parte da Amazônia para a mineração. "Não somos contra um desenvolvimento sustentável, mas isso precisa ser debatido com a sociedade e a comunidade científica", avalia Mello. Os pesquisadores citam que quatro espécies de peixe descobertas no período do estudo estão em áreas na Amazônia que podem ser liberadas para a mineração. Segundo a ONG, apesar do relatório indicar um crescimento na taxa de descoberta de novas espécies, não dá para dizer que os problemas ambientais na região estão resolvidos.
As descobertas reforçam a importância da preservação da biodiversidade local. A floresta já representa a maior biodiversidade em uma floresta tropical do planeta.
Veja algumas das espécies encontradas:
Macaco zogue-zogue-rabo-de-fogo- descoberto em dezembro de 2010, no noroeste do Mato Grosso
Pássaro Poiaeiro-de-Chico Mendes- registrado pela primeira vez em 2009, no sul do Amazonas
lanta Guatteria amapaenses - descoberta no Amapá na rodovia ‘Perimetral Norte’. Sem coordenadas.
Planta Heteropsis reticulata - descoberta no Acre, no município de Cruzeiro do Sul.
Fonte: G1
Macaco zogue-zogue-rabo-de-fogo foi descoberto em dezembro de 2010, no noroeste do Mato Grosso (Foto: WWF/Divulgação)