Na manhã desta sexta-feira (13), a Polícia Federal (PF) prendeu novamente o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por suspeita de tentativa de obstrução das investigações que apuram uma tentativa de golpe de Estado. Cid já era réu por diversos crimes e estava em liberdade provisória, mas voltou a ser detido após a PF descobrir que o ex-ministro do Turismo Gilson Machado tentou obter um passaporte português para ele.
A ação é interpretada como uma tentativa de fuga do país e de interferência direta nas investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Gilson Machado também foi preso nesta manhã, em sua residência no estado de Pernambuco, como parte da mesma operação.
As prisões foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga a suposta trama golpista envolvendo aliados e membros do alto escalão do governo Bolsonaro. A PF suspeita que a solicitação do passaporte europeu foi feita de forma articulada, com o objetivo de viabilizar uma rota de fuga segura para Cid, evitando sua responsabilização nos processos judiciais.
Cid havia firmado um acordo de colaboração premiada com a PF e já havia prestado diversos depoimentos que embasam parte das investigações em andamento. A reativação de sua prisão preventiva indica que o ex-ajudante pode ter violado termos do acordo ou que surgiram novos elementos que indicam risco à investigação.
A operação desta sexta-feira está em andamento e novas prisões ou mandados de busca e apreensão podem ser cumpridos ao longo do dia. A defesa dos investigados ainda não se pronunciou oficialmente.
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