Nesta sexta-feira (13), a 1ª Vara Criminal da comarca de Chapecó realizará uma sessão do Tribunal do Júri para analisar mais um caso de feminicídio. O crime ocorreu em 2022, um dia após o acusado se mudar para o apartamento alugado pela vítima, localizado no bairro Bom Pastor, naquela cidade. Uma testemunha relatou ter ouvido gritos de socorro na madrugada e presenciou o acusado apertando o pescoço da companheira com as mãos.
Por volta das 13h do mesmo dia, o réu, de nacionalidade estrangeira, chamou os bombeiros e pulou a janela do apartamento. Durante o socorro, ele informou aos policiais sobre o ocorrido. O corpo da mulher foi encontrado debaixo da cama, com as pernas amputadas.
O homem alegou que o casal estava junto há sete anos e que, na noite do crime, ambos haviam consumido uma grande quantidade de bebidas alcoólicas. Ele é acusado de homicídio qualificado por motivo fútil, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, asfixia e feminicídio. O processo segue em sigilo de justiça.
A última sessão do júri deste mês está agendada para a próxima sexta-feira, 20 de outubro. Nessa data, dois irmãos serão julgados por duas tentativas de homicídio ocorridas em 8 de novembro de 2017. Segundo a denúncia, um dos acusados vendeu um carro a uma das vítimas, que depois quis desfazer o negócio.
No entanto, o dinheiro não foi devolvido. Na noite do crime, a vítima notou que os acusados estavam em frente à casa de um vizinho e cobrou o valor mais uma vez. Os irmãos saíram e retornaram logo em seguida. Durante a discussão, a vítima foi atingida por golpes de facão na cabeça, face, pescoço, peito, punho e mão, sofrendo uma fratura de crânio. O filho da vítima tentou intervir e também foi atingido na cabeça e no ombro direito. Tanto o pai quanto o filho foram socorridos a tempo de se recuperarem (Processo nº 0002866-54.2018.8.24.0018).
Condenação
A primeira sessão de julgamento de outubro na comarca de Chapecó ocorreu no início deste mês, no dia 5, e resultou na condenação de dois homens a uma pena de 16 anos e quatro meses de reclusão. Ambos cumprirão pena em regime fechado e não têm o direito de recorrer em liberdade devido a condenações anteriores. Eles foram responsabilizados pela morte de um homem em 2020, ocorrida em Caxambu do Sul.
A acusação alegou que os réus se aproximaram da vítima de carro e dispararam diversas vezes, com a morte registrada ainda no local. Todos pertenciam à mesma organização criminosa, mas a vítima havia comprado drogas de uma facção rival. O júri reconheceu as qualificadoras de motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Além do homicídio, eles foram condenados por porte ilegal de arma de fogo e corrupção de menores, uma vez que um adolescente participou da execução.
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