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Documentário mostra porque o Barão Vermelho é assim desde 1981

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No momento em que Barão Vermelho passa pelo mais radical processo de transformação do grupo carioca, com a entrada do cantor e guitarrista Rodrigo Suricato no posto ocupado por Roberto Frejat desde 1985, a cineasta Mini Kerti documenta a trajetória de 36 anos da banda formada em 1981 em longa-metragem programado para estrear em maio deste ano de 2017 diretamente na televisão, no Canal Curta!. Produzido pela Conspiração Filmes, com o aval e a colaboração da banda, o documentário Barão Vermelho – Por que a gente é assim? responde a pergunta do título, feita também na música homônima de Frejat, Cazuza (1958 –  1990) e Ezequiel Neves (1935 –  2010) gravada em 1984 tanto pelo Barão como pelo cantor Ney Matogrosso, importante na história da banda por ter gravado no ano anterior Pro dia nascer feliz (Frejat e Cazuza, 1983) quando o Barão Vermelho ainda era pouco conhecido.
As respostas surgem dispersas quando, nos depoimentos dados pelos barões na reunião promovida no estúdio da gravadora Som Livre pela produção do filme, os músicos do grupo revelam motivações e razões para afinidades, estranhamentos, aproximações, rupturas e deserções comuns em qualquer banda de vida longa. É quando o baixista Dé Palmeira, por exemplo, conta que saiu brigado da banda antes da gravação do álbum Na calada da noite (1990) porque se viu sem espaço como compositor no repertório que então priorizava as parcerias de Frejat com o baterista Guto Goffi, membro fundador do Barão e, a partir da turnê prevista para este ano, o único músico presente em todas as formações da banda.
Para quem desconhece a trajetória do Barão, o documentário cumpre a função de narrar, em ordem cronológica, os principais fatos, discos e shows do grupo de pegada stoniana. Como, por exemplo, a ascensão do grupo ao mainstream já no terceiro ano de vida com a explosão de Bete Balanço (Cazuza e Frejat, 1984) e o sucesso da turnê nacional com o show inspirado no terceiro álbum do grupo, Maior abandonado (1984). O filme nada acrescenta a tudo o que já se sabe sobre a intempestiva saída de Cazuza em 1985, mas a análise dos álbuns revela fatos já esquecidos como a má receptividade por público e crítica de Carne crua (1994), o álbuns mais roqueiro da discografia do Barão, admirado somente pelos viciados em rock.
Entre altos e baixos, e entre idas e vindas do tecladista Maurício Barros, os músicos da banda se expõem com aparente sinceridade diante das câmeras dirigidas por Mini Kerti. Se a turnê com Suricato se revelar um passo em falso nessa trajetória digna, o supra-sumo da história do Barão Vermelho já está perpetuada neste documentário que seduzirá quem viu nascer e crescer a geração 1980 do pop rock brasileiro. Sim, o Barão Vermelho foi assim até 2016. 
Fonte e imagem: G1

Tags:barão, banda, frejat, grupo, vermelho, feita e ano449 palavras4 min. para ler

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