De acordo com o Ministério Publico de Santa Catarina (MPSC), as investigações iniciaram a partir de relatos de cidadãos que reclamavam sobre o longo período para início de tratamentos oncológicos no Hospital Regional do Oeste (HRO). Segundo apurado pela Promotoria de Justiça, a fila para quimioterapia vinha sendo deliberadamente ampliada para privilegiar o atendimento em caráter particular de pacientes por uma clínica médica dirigida pelo coordenador do Setor de Oncologia do hospital.
De acordo com o promotor Eduardo Sens dos Santos, da 13ª Promotoria de Justiça de Chapecó, a lei exige que o paciente com diagnóstico de câncer seja atendimento na primeira consulta em no máximo 60 dias. Segundo Sens, no HRO esse tempo já foi de 21 dias. Ainda de acordo com o promotor, uma auditoria do SUS percebeu que um dos médicos direcionava pacientes para sua clínica particular. O mecanismo era o seguinte: Quanto mais demorasse para o paciente ser atendido pelo SUS, melhor para o médico, já que o paciente o procurava na clínica privada.
"Mais informações não serão repassadas neste momento a fim de não prejudicar o andamento da investigação, que ainda prossegue.”- concluiu o MPSC.
Fonte e Foto: Willian Ricardo/ClicRDC