Segundo a Polícia Federal, durante as investigações, foram identificados elementos que apontam que uma grande empresa do ramo de processamento de carnes firmou contrato fraudulento com uma empresa sediada em Macaé para prestação de serviços na área de informática. Ainda segundo a PF, há suspeita que os serviços não eram prestados e que o contrato, de aproximadamente R$ 3 milhões, serviria apenas para o repasse irregular de valores para utilização nas campanhas eleitorais.
Outros empresários também informaram à PF que o ex-governador cobrava propina nas licitações da prefeitura de Campos, exigindo o pagamento para que os contratos fossem firmados. A defesa dos ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho informou que só se pronunciará quando tiver acesso aos documentos que embasaram os mandados de prisão, o que ainda não aconteceu.
Em nota oficial, o ex-governador Anthony Garotinho atribui a operação de hoje a mais um capítulo da perseguição que diz estar sofrendo. Garotinho afirma ainda que nem ele nem nenhum dos acusados cometeu crime algum. A nota ainda reforça que essa operação à qual Garotinho e rosinha respondem não tem relação alguma com a Lava Jato.
Os presos serão encaminhados ao sistema prisional do Estado, onde permanecerão à disposição da Justiça. Garotinho já tinha sido preso na Operação Chequinho da PF, que investiga um esquema de troca de votos envolvendo o programa social Cheque Cidadão, na eleição municipal do ano passado.
Fonte: G1
Foto: Gabriel Barreira/ G1