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Mercado de produtos orgânicos cresce em SC#

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Busca por alimentos limpos e naturais impulsiona economia e contribui para futuro mais saudável e equilibrado.

O mercado de orgânicos está em expansão em Santa Catarina, refletindo a crescente preocupação dos produtores rurais com o meio ambiente e a sustentabilidade, além da demanda cada vez maior dos consumidores de alimentos limpos e naturais. A tendência vem transformando o agronegócio catarinense, trazendo benefícios econômicos, sociais e ambientais.

Os consumidores estão mais exigentes do que nunca. Além da aparência e do preço dos produtos, outros critérios de compra estão sendo levados em consideração. As novas exigências agora incluem alimentos de melhor qualidade, produzidos de forma sustentável e sem o uso de agrotóxicos.

Segundo pesquisa do Instituto Organis – Centro de Estudos sobre Sustentabilidade -, a cada 1 mil brasileiros, 360 consomem produtos orgânicos.

Gerando renda com o limpo e sustentável

Saymon Zeferino, engenheiro agrônomo da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), conta que o mercado de orgânicos representa uma grande oportunidade para os produtores locais, gerando renda para muitas famílias e contribuindo para a sustentabilidade ambiental.

Um exemplo desse impacto positivo para o agronegócio catarinense é o agricultor pioneiro no ramo Alcino Bundy, que se dedica à produção de agroecológicos há 24 anos e hoje já conta com mais de 50 propriedades no sul do estado com essa modalidade de cultivo.

"EU QUERO UMA AGRICULTURA MELHOR PARA MEUS FILHOS, MAIS SAUDÁVEL E QUE RENDA DINHEIRO, MAS QUE SEJA LIMPA. VOCÊ VENDE O PRODUTO ORGÂNICO E QUANDO VÊ A PESSOA COMPRAR, SE SENTE SATISFEITO. EU SEI O QUE ESTOU VENDENDO. PRA MIM É BOM, PRA MINHA CONSCIÊNCIA É BOM, PRA MINHA FAMÍLIA É BOM, PRO MEIO AMBIENTE É BOM”, COMPLETA ALCINO.

Produzir orgânicos é trabalhar com grandes desafios. Alcino conta que enfrentou dificuldades como: aumento da mão de obra, mais perda de alimentos devido às perdas na lavoura, o tempo de produção é maior e a quantidade é menor. Porém, com a experiência, a família foi aperfeiçoando o processo e as práticas sustentáveis auxiliaram a equilibrar a produção.



Feira camponesa valoriza os produtos orgânicos — Foto: Katty Lima

Sustentabilidade na prática

Para ser considerado orgânico, um produto deve ser cultivado sem agrotóxicos ou produtos químicos sintéticos, passando por auditorias anuais para garantir a conformidade com as regras do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

"Ou contratam uma empresa que faz auditoria, ou se reúnem em grupos que se fiscalizam, sempre seguindo as regras do ministério para evitar contaminações”, explica o engenheiro da Epagri.

Hoje fala-se muito em sustentabilidade e Saymon conta como é na prática. As ações são reservar áreas, deixar em pousio, plantar por ciclos, trabalhar com adubação verde e rochas para repor a fertilidade natural do solo, por exemplo. Tudo isso para que a propriedade gere renda pelo maior tempo possível.

O agricultor Alcino tem 12 hectares certificados, mas cultiva apenas um terço desse espaço a cada safra, garantindo a rotação de culturas e a adubação verde para manter a fertilidade do solo. O manejo cuidadoso permite uma produção sustentável e de alta qualidade.

Expansão e olho no mercado

A principal fonte de renda do agricultor catarinense é o morango. E com quatro hectares de área plantada, Alcino colheu 20 toneladas na última safra.

A produção dele atende tanto a merenda escolar dos municípios da região quanto a rede de supermercados. Em Criciúma, alguns mercados registraram aumento de até 50% na procura por produtos orgânicos, que já ocupam 15% do espaço destinado ao hortifruti.

A demanda é tanta que levou à busca de fornecedores fora do estado. "A gente teve que partir para o mercado do Sudeste para atender: São Paulo, Rio, Espírito Santo. O setor é o que mais cresce dentro da empresa, por isso estamos sempre atentos e procurando novidades”, comenta Cristian Gava, gerente de compras do supermercado.

Mesmo com a alta procura, Alcino não planeja aumentar a produção, por enquanto. Seu foco atual é garantir um futuro sustentável para seus filhos, seguindo os passos de seu pai e aprimorando as práticas agrícolas. "Eu quero uma agricultura melhor para os meus filhos, mais saudável”, conclui.

Cotações:
⦁ Dólar: R$ 5,45
⦁ Saca da soja 60kg: R$ 133,91
⦁ Saca de feijão carioca 60kg: R$ 190,13
⦁ Saca de feijão-preto 60kg: R$ 221,53
⦁ Saca de milho 60kg: R$ 57,72
⦁ Arroba do boi: R$ 221,15
⦁ Litro do leite: R$ 2,42


Fonte: G1

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Fonte:https://clicrdc.com.br/clicagro/mercado-de-produtos-organicos-cresce-em-sc/
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