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Como o libertarismo interpreta erroneamente a Agenda 2030

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Na última terça-feira (19), a histórica eleição de Javier Milei como presidente da Argentina completou um ano. Ele venceu o segundo turno da disputa presidencial contra o ex-ministro da Economia, Sergio Massa, por 55,7% dos votos válidos contra 44,3% do candidato da esquerda. Como a máquina fundada pela ex-presidente Cristina Kirchner e pelo falecido marido, também ex-presidente Néstor Kirchner, era muito grande, o simples fato de a vitória ocorrer já era um marco. Com 11 pontos de diferença, tornou-se indiscutível.

Ontem (20), enquanto o Brasil comemorava o Dia da Consciência Negra, a Argentina celebrava o Dia da Soberania Nacional. Quem entende de história sabe que a soberania nacional do país vizinho ainda não é plenamente respeitada, em função das Ilhas Malvinas serem um território ocupado pelo Reino Unido, quando por proximidade e logística deveria ser uma terra argentina. Ocorreu uma guerra em 1982 em uma tentativa de tomar à força o território, mas o Reino Unido acabou vencendo.

Entretanto, para Milei e seu partido A Liberdade Avança, a soberania nacional vai muito além de uma rusga histórica. Em uma postagem no perfil do Instagram do partido, a data de ontem foi lembrada com uma arte que afirma o que a sigla combate da Agenda 2030, plano de ação global para o desenvolvimento sustentável, estabelecido em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Para que esta agenda avance, a Organização está injetando no Brasil, apenas neste ano, um pouco mais de R$ 1 bilhão.

A Argentina recebeu da ONU, neste ano, cerca de R$ 600 milhões para a execução da Agenda 2030. Proporcional à população do país vizinho, que representa 20% do total de habitantes do Brasil, o investimento da Organização na Argentina é o triplo do investimento no Brasil. Para o partido de Milei, essa soma milionária de dinheiro seria usada para promover o veganismo, o feminismo, o globalismo, o comunismo, a educação com ideologia de gênero e outras pautas.

Com muito menos dinheiro, visto que a Argentina está endividada até o último fio de cabelo com o FMI, e recursos mínimos para investir no que o partido governista quer combater com os recursos da máquina pública, A Liberdade Avança sustenta que a Agenda 2030 não defende o consumo de carne, a família tradicional, a vida, a soberania nacional, o capitalismo e a educação em liberdade. Entretanto, eles estão equivocados.

A propaganda política não é notícia, é propaganda. O principal erro dessa comparação está na abordagem entre comunismo e capitalismo. O comunismo é um sistema ideológico e um movimento político, filosófico, social e econômico que só deu certo na China pois a parte econômica desse sistema não foi aplicada, sendo o capitalismo o principal motor do crescimento econômico do país. O socialismo tem mais dispositivos econômicos reais e aplicáveis do que o comunismo, e esse é o verdadeiro ponto crítico.

Erros desse calibre dão a impressão de que o libertarismo, ideologia que pela primeira vez governa um país importante da América Latina, não compreende adequadamente a agenda proposta pela ONU. Nela, existem muitos financiamentos de projetos que são nocivos aos valores judaico-cristãos sim, mas há muitos aspectos positivos também. Por isso, a melhor coisa a fazer é se informar do que é praticado da Agenda 2030 na sua comunidade.

Recadinhos


  • Acesse a Vakinha para apoiar Claudenir Roque de Morais, marido da minha madrinha Neiva Morais. Mais informações sobre o caso e as formas de doação estão disponíveis no site vaka.me/5202471.


  • Os estados das regiões Sul e Sudeste estão representados na 12ª reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (COSUD), em Florianópolis, que acontece entre hoje (21) e sábado (23).


  • Seis governadores participam do encontro. A exceção é o Rio Grande do Sul, que enviou o vice-governador Gabriel Souza, já que o governador Eduardo Leite cumpre agenda no Japão.


  • Conforme o Governo de SC, a prevenção a desastres naturais é um dos temas mais aguardados do encontro. Os governadores pretendem fortalecer a parceria entre os estados não só nas ajudas em meio a catástrofes, mas também na prevenção.


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Fonte:https://clicrdc.com.br/politica-e-cotidiano/como-o-libertarismo-interpreta-erroneamente-a-agenda-2030/
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