"Hoje em dia, os serviços de saúde estão atravessando uma tempestade perfeita: as pessoas vivem mais anos, mas têm mais doenças crônicas. E muitos dos médicos com mais experiência estão se aposentando", diz à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, Lance Burton, diretor-geral da ExcelMedical, empresa médica tecnológica que desenvolveu o algoritmo. "Os pacientes estão sendo monitorados, mas muitas vezes os médicos e enfermeiros só reagem quando ocorre um evento catastrófico, não antes", afirma ele.
O sistema, batizado de Plataforma Clínica WAVE, cruza toda a informação e "antecipa padrões nas informações que não são reconhecidas pelo olho humano". Mas mesmo que o sistema pareça promissor, ele ainda não pode ser utilizado fora do ambiente de uma unidade de terapia intensiva. Os criadores da plataforma esperam, porém, um dia também conseguir desenvolver um sistema que antecipe e previna ataques cardiorrespiratórios na população em geral. Outra limitação do WAVE é que ele não pode antecipar derrames cerebrais, outra das causas mais frequentes de invalidez e de morte. O sistema é muito simples de usar e não necessita de nenhum equipamento específico - ele utiliza o sistema de monitoramento já existente na maioria dos hospitais. O software analisa cinco variáveis-chave: o ritmo cardíaco, o respiratório, a pressão sanguínea, a temperatura corporal e a saturação de oxigênio.
Por meio de um aplicativo de celular, tablet ou computador, a equipe de saúde dos hospitais pode acessar esses dados em tempo real. Ou seja, é possível monitorar os pacientes sem estar a seu lado - e até sem necessariamente estar no hospital.
Fonte: G1
Foto: iStock via BBC