Ontem (27), o Centro de Liderança Pública (CLP) lançou os dados do Ranking de Competitividade dos Municípios deste ano, estudo que, em 65 indicadores, mostra o desempenho de todos os municípios com mais de 80 mil habitantes nas mais diversas áreas da sociedade.
Chapecó subiu 10 posições no ranking, comparando a edição passada da pesquisa, em 2024. Hoje, somos considerados, entre 418 municípios, o 51º mais competitivo do Brasil, o 18º da região Sul, e o 8º de Santa Catarina. Portanto, nas próximas duas edições da coluna, vamos destacar os principais pontos positivos e negativos que o ranking mostra para o município.
Educação
Sem dúvida, o principal problema do município continua sendo o acesso à educação. Conforme o Ranking, a parcela da população de zero a cinco anos matriculada em alguma creche ou escola no município caiu de 66,8% no ano passado para 63,4% neste ano. Para o Ensino Fundamental, a taxa de atendimento caiu de 102,8% para 99,2%. No Ensino Médio, a taxa de matrícula caiu de 83,2% para 78,3%.
Na oferta do ensino em tempo integral, para a Educação Infantil, houve um crescimento de cobertura, de 11,2% no ano passado para 13,7% do total de alunos neste ano. No Ensino Fundamental, o aumento foi de 0,6% para 1,6% dos estudantes; e no Ensino Médio, o índice saiu de 0,5% para 1,2% dos alunos. Mesmo assim, Chapecó continua sendo um dos 90 piores municípios acima de 80 mil habitantes no Brasil no acesso à educação. De zero a 10, o Ranking deu uma nota 2,3 para o quesito, um décimo a menos que a nota de 2024.
A qualidade da educação também se tornou um ponto negativo para Chapecó. A nota do IDEB para os anos iniciais do Ensino Fundamental ficou em 6,1; para os anos finais, chegou a 4,8; e para o Ensino Médio, não passou de 3,8. A nota média do ENEM entre os que fizeram o exame em Chapecó ficou nos 560 pontos. Com isso, a CLP deu para a qualidade da educação do município, de zero a 10, uma nota 4,5; o que deixa Chapecó na 224º colocação entre os municípios pesquisados, uma queda de 84 posições em relação a 2024.
Saneamento e Telecomunicações
Conforme a CLP, o segundo maior problema de Chapecó continua sendo o saneamento. A cobertura do abastecimento de água subiu de 90% em 2024 para 90,5% dos chapecoenses em 2025. As perdas na distribuição e no faturamento de água caíram de 47,8% para 44,4%. A cobertura da coleta de esgoto subiu de 36,8% para 37,8%, e a cobertura de tratamento do esgoto cresceu de 46,5% para 51,4%.
A cobertura da coleta de resíduos cresceu de 90% para 95% da população, e a destinação inadequada do lixo continua sendo zero. De zero a 10, a CLP manteve a nota 6,8 para o saneamento de Chapecó, o que deixa o município na 238ª posição entre os 418 municípios pesquisados, 35 posições acima do ano passado.
Outro ponto fraco da cidade são as telecomunicações. A porcentagem de celulares em Chapecó que não possuem acesso à internet 4G subiu de 25,4% para 33,1%; e o acesso à internet banda larga regrediu de 34,7% para 34% da população. Nas teles, Chapecó tirou uma nota 6,3. Isso faz com que o município fique em 223º lugar no Ranking, subindo 22 posições na tabela, mesmo pontuando dois décimos a menos que em 2024.
Recadinhos
Chegou a era da Super TV. O governo Lula oficializou ontem o novo padrão da televisão aberta no Brasil: a DTV+, também chamada de TV 3.0, que em Chapecó deve demorar, pelo menos, cinco anos para ser implantada nas emissoras locais.
O sistema promete transformar a experiência da TV gratuita, com imagem em 4K e até 8K, som de cinema e interatividade, tudo sem depender da internet.
Conforme a newsletter The News, a previsão é que as transmissões em larga escala comecem no primeiro semestre de 2026, a tempo da Copa do Mundo, para as principais capitais do Brasil.
No início, será necessário um conversor, estimado em torno de R$ 400, mas a expectativa é que os televisores passem a sair de fábrica já com o sistema integrado, assim como ocorreu na época de implantação da TV digital.
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