O conflito entre o governo separatista da Catalunha e o executivo central de Mariano Rajoy alcançou seu ponto alto na sexta-feira (27): o movimento de independência proclamou uma república, enquantoMadri respondeu destituindo o governo regional e assumindo o controle de sua administração. Considerada uma ofensa pelos separatistas, a intervenção de Madri é recebida com certo alívio por cerca de metade dos 7,5 milhões de habitantes desta região contrários à independência catalã.
Pelo segundo dia consecutivo, esta região espanhola auto-proclamada como república, acordou sem saber quem controla sua administração. Oficialmente, o governo liderado por Carles Puigdemont foi destituído e suas funções foram assumidas pela vice-presidente espanhola Soraya Sáenz de Santamaría. O Parlamento regional também está dissolvido até as eleições convocadas por Rajoy para 21 de dezembro. Cerca de 150 autoridades da administração catalã foram demitidas. Mas os líderes separatistas não reconheceram sua destituição. Em uma carta publicada no jornal "El Punt-Avui", Oriol Junqueras, vice-presidente do executivo regional, assegurou que "o presidente do país é e continuará sendo Carles Puigdemont".
Fonte: G1
Foto: AFP