Francisco Wanderley Luiz, o "Tio Chico", responsável pelas explosões em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), sofreu graves ferimentos ao acionar uma das bombas. O laudo do Instituto Nacional de Criminalística (INC) aponta que ele teve a lateral direita do crânio destruída e perdeu os dedos da mão direita. O documento elaborado pela Polícia Federal (PF) foi anexado ao inquérito que investiga os crimes de atentado terrorista e contra a democracia. Segundo a ex-mulher de Francisco, identificada como Daiane, o ataque tinha como alvo Alexandre de Moraes, ministro do STF.
Francisco teria fabricado os artefatos explosivos no imóvel alugado por ele em uma cidade-satélite de Brasília, onde vivia desde agosto. Durante buscas realizadas pela PF, foram encontradas oito bombas no local. Um dos artefatos explodiu, mas não causou ferimentos. Para garantir a segurança, a polícia utilizou um robô que identificou uma armadilha explosiva escondida em uma gaveta da pia. As bombas, descritas como simulacros de granadas pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, eram feitas com pólvora de fogos de artifício, fragmentos metálicos, tubos de PVC e isqueiros.
As autoridades investigam se Francisco agiu sozinho ou contou com apoio. Para isso, foi solicitada a quebra de sigilos bancário, telefônico e telemático de pessoas próximas a ele. O corpo de Francisco foi levado ao Instituto Nacional de Criminalística da PF em Brasília e está liberado para ser transferido para Santa Catarina.
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