"Essa afirmação é um mito, que vem sendo ao longo de anos divulgado e replicado sem qualquer base técnica ou científica”, diz o governo de Santa Catarina.
Segundo a SSP, "o parâmetro comumente utilizado por jornalistas, acadêmicos e mesmo órgãos de governo, referindo-se a uma proporção ideal de um policial para cada grupo de 250 habitantes não tem qualquer fundamento nem respaldo técnico, logo, não é adotado pela Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina”.
Um artigo científico publicado pelo Capitão da PM do Distrito Federal Sergio Carrera de Albuquerque Melo Neto investigou e pesquisou o assunto, inclusive com consulta oficial formulada à ONU no ano de 2013, respondida pelo Centro de Informações das Nações Unidas, que confirmou a inexistência de quaisquer recomendações ou estudos sobre a matéria.
Sobre o assunto, a SSP ainda levanta duas questões: "Para quantos habitantes um policial é capaz de prover segurança satisfatoriamente em São Paulo, Brasil?” e "E se a mesma pergunta fosse feita em relação a Tóquio, Japão?”.
A SSP conclui a nota com o posicionamento oficial. "Número de habitantes não pode ser variável única a ser considerada como critério técnico para definição de quantidades de efetivo policial. Realidades socioculturais devem ser avaliadas. Outros fatores devem ser balanceados, tais como: área geográfica, densidade demográfica, filosofia de policiamento implantada, incidência criminal, modalidades criminais praticadas e tecnologia disponível para o policiamento.”