"Um homem-bomba que circulava em uma motocicleta detonou seus explosivos diante de um curso de inglês na área de Shash Darak", afirmou o chefe de polícia de Cabul, Hashmat Stanikzai. Jornalistas seguiram para o local do atentado, onde cerca de 30 minutos depois houve outra explosão. De acordo com uma fonte das forças de segurança, o segundo homem-bomba estava disfarçado de repórter.
Shah Marai, diretor do departamento de fotografia da agência da AFP em Cabul, que seguiu para o local da primeira explosão, morreu na segunda detonação. Ele deixa mulher e seis filhos - o mais novo com apenas semanas de vida.
Outros cinco jornalistas que também morreram trabalhavam para meios de imprensa afegãos, como Mashal TV, 1TV, Radio Azadi e Tolo News, que em 2016 foi alvo de um atentado que deixou sete mortos e também foi reivindicado pelos talibãs. Cabul se tornou, de acordo com a ONU, o local mais perigoso do Afeganistão para os civis com o aumento dos atentados, geralmente cometidos por homens-bomba e reivindicados pelos talibãs ou o grupo extremista EI. Pelo menos 11 crianças morreram e outras 17 pessoas ficaram feridas, entre elas cinco soldados romenos da Otan, em outro ataque suicida nesta segunda-feira contra um comboio das forças aliadas na província de Kandahar, no sul do Afeganistão.
Fonte: G1
Foto: REUTERS/Omar Sobhani